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A moda na cidade: um ensaio de Bob Wolfenson

Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.

Tudo branco

A moda na cidade (Foto: Bob Wolfenson)

Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25

Jeans para todos

Da esq. p/ a dir., camisa Piet, R$ 450. Bermuda Gucci, R$ 2.610. Óculos Evoke, R$ 349. Tênis Converse, R$ 129. Moletom Adidas Originals, R$ 300. Camisa J.Chermann, R$ 718. Calça Tommy Hilfiger, R$ 799. Óculos Evoke, R$ 648. Sandálias Corello, R$ 279. Camisa, R$ 2.880, calça, R$ 4.130, e mochila, R$ 6.600, Miu Miu. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Sapatos Dior, R$ 3.600. Blusa À La Garçonne, R$ 820. Camisa J.Chermann, R$ 718. Saia Shoulder, R$ 259. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 444. Sandálias Inbox, R$ 159. Camisa Ellus, R$ 490. Saia Emilio Pucci, R$ 5.280. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Faixa (na cintura) acervo. Sandálias Gucci, R$ 3.490. Vestido Liziane Richter, R$ 4.499. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 424. Brincos A.Brand, R$ 380. Colar Adedo, R$ 160. Bolsa Christian Louboutin, R$ 5.900. Sapatos Gucci, R$ 4.820. Camisa Richards, R$ 459. Camiseta Ellus Second Floor, R$ 189. Calça Emporio Armani, R$ 2.700. Boné acervo. Óculos T-Charge, R$ 447. Tênis Lacoste, R$ 449. Tricô, R$ 6.300, calça, R$ 3.740, e sapatos, R$ 1.869, Gucci. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 444. Tricô Ralph Lauren, R$ 4.200. Camisa Emilio Pucci, R$ 4.880. Calça Dior, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 444. Sandálias Corello, R$ 269. Jaqueta Ellus Second Floor, R$ 689. Blusa, R$ 60, e bermuda, R$ 80, Hering. Boné acervo. Óculos T-Charge, R$ 437. Sandálias Havaianas, R$ 25. Vestido Richards, R$ 879. Boné New Era, R$ 140. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 444. Bolsa Dior, preço sob consulta. Tênis Converse, R$ 149. Jaqueta Miu Miu, R$ 6.750. Calça Reinaldo Lourenço, R$ 2.493. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 487. Tênis Converse, R$ 210. Camisa Richards, R$ 398. Camiseta acervo. Calça VR, R$ 275. Óculos Evoke, R$ 418. Tênis Converse, R$ 149. Casaco, R$ 16.500, e blusa, R$ 1.950, Giorgio Armani. Calça Ellus, R$ 449. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 437. Sandálias Corello, R$ 269

Color blocking

Da esq. p/ a dir., macacão Fedra, R$ 1.470. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 397. Bolsa Catarina Mina, R$ 598. Sandálias Renner, R$ 170. Body, R$ 1.244, e saia, R$ 1.948, Cris Barros. Cinto acervo. Sandálias Cecconello, R$ 229. Vestido Fendi, R$ 8.090. Sapatos Schutz, R$ 420. Blusa Linda de Morrer, R$ 369. Saia Amissima, R$ 352. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 434. Cinto Mixed, R$ 550. Bolsa Giorgio Armani, R$ 8.100. Sandálias Inbox, R$ 159. Camiseta Lab, R$ 100. Jaqueta (amarrada na cintura) Hugo Boss, R$ 1.690. Calça Hering, R$ 110. Tênis Adidas Originals, R$ 650. Jaqueta Adidas Originals, R$ 380. Camiseta Saint Benjamin, R$ 89. Calça Eva, R$ 498. Bandana e cinto acervo. Sandálias Gucci, R$ 3.490. Top, R$ 647, e calça (com cinto), R$ 1.597, Osklen. Sapatos Corello, R$ 279. Vestido Reinaldo Lourenço, R$ 6.890. Bolsa Dior, preço sob consulta. Sandálias Corello, R$ 269. Cardigã Gucci, R$ 4.350. Camiseta, R$ 189, e bermuda, R$ 329, Ellus Second Floor. Óculos T-Charge R$ 504. Tênis New Balance, R$ 799. Camiseta Ellus Second Floor, R$ 189. Saia Fendi, R$ 5.970. Óculos Atitude Eyewear, R$ 297. Cinto acervo. Bolsa Gucci, R$ 12.660. Sandálias Inbox, R$ 129. Moletom Inspiraações, R$ 160. Camisa Ralph Lauren, R$ 2.200. Bermuda Hugo Boss, R$ 715. Óculos T-Charge, R$ 447. Tênis Converse, R$ 130. Colete Zoomp à venda na Choix, R$ 1.909. Camiseta Saint Benjamin, R$ 89. Calça Morfema Zero, R$ 350. Bolsa Arezzo, R$ 740. Sandálias Melissa, R$ 140. Moletom Ellus Second Floor, R$ 279. Boné Forever 21, R$ 50. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 434. Sapatos Schutz, R$ 390

Preto no branco

Da esq. p/ a dir., camisa Ellus, R$ 419. Camiseta Hering, R$ 50. Calça Adidas Originals, R$ 270. Tênis Lacoste, R$ 449. Terno Ricardo Almeida, R$ 4.200. Camisa Be Red, R$ 248. Gorro Adidas Originals, R$ 80. Tênis Converse, R$ 190. Vestido Valentino, R$ 17.200. Cinto Lilly Sarti, R$ 1.360. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 397. Sapatos Dior, R$ 3.600. Blazer Gucci, preço sob consulta. Camisa Minha Avó Tinha, R$ 45. Bermuda Ellus Second Floor, R$ 379. Óculos T-Charge, R$ 504. Sapatos Gucci, R$ 2.720. Vestido Louis Vuitton, R$ 13.400. Sapatos Dior, R$ 4.100. Camisa Polo Ralph Lauren, R$ 480. Saia Amissima, R$ 374. Boné New Era, R$ 180. Gravata (usada como cinto) Minha Avó Tinha, preço sob consulta. Mochila Riachuelo, R$ 130. Sandálias Cecconello, R$ 280. Camisa, R$ 3.350, calça, R$ 2.950, e tênis, R$ 2.350, Emporio Armani. Sutiã e hot pants acervo. Camiseta, R$ 2.900, e saia. R$ 21.000, Dior. Bandana (no pescoço) acervo. Sandálias Schutz, R$ 320. Polo Bo.Bô, R$ 748. Body Baletto, R$ 867. Calça Le Lis Blanc, R$ 440. Bolsa Gucci, preço sob consulta. Sandálias Cecconello, R$ 256. Jaqueta Versace, R$ 5.870. Shorts Everlast, R$ 170. Tênis Hardcore Footwear, R$ 289. Vestido, R$ 489, top, R$ 229, e hot pants, R$ 159, Ellus Second Floor. Bolsa Miu Miu, R$ 4.100. Tênis Calvin Klein, R$ 339. Blusa, R$ 720, e bermuda, R$ 2.990. Modem. Óculos Evoke, R$ 349. Lenço acervo. Cinto Gucci, R$ 1.600. Sapatos Passarela.com, R$ 140. Moletom Metropolitan para Passarela.com, R$ 120. Calça Zimmermann na NK Store, R$ 2.940. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 424. Bolsa Ellus, R$ 898. Sandálias Santa Lolla, R$ 170. Jaqueta Ralph Lauren, R$ 2.900. Camiseta, R$ 189, e mochila, R$ 689, Ellus. Bermuda Triton, R$ 288. Botas Emporio Armani, R$ 2.950. Jaqueta, R$ 4.500, e vestido, R$ 698, Ellus. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 434. Sandálias Schutz, R$ 430

Listras e estampas

Da esq. p/ a dir., vestido Linda de Morrer, R$ 505. Colar Giorgio Armani, R$ 7.250. Faixa (na cintura) acervo. Sapatos Arezzo, R$ 320. Jaqueta Adidas Originals + Farm, R$ 380. Camisa Renner, R$ 120. Calça À La Garçonne, R$ 1.590. Bolsa Kipling, R$ 600. Tênis Converse, R$ 130. Moletom Inspiraações, R$ 160. Shorts Hering, R$ 80. Sapatos Christian Louboutin, R$ 4.290. Camisa, R$ 1.587, e calça, R$ 1.656, Printing. Bolsa Ellus Second Floor, preço sob consulta. Sandálias Melissa, R$ 140. Camisa, R$ 299, e calça, R$ 340, Handred. Boné New Era, R$ 140. Tênis Triton, R$ 190. Macacão (com cinto) Amissima, R$ 528. Sapatos Corello, R$ 279. Vestido Richards, R$ 470. Colar Adedo, R$ 110. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 457. Sandálias Inbox, R$ 149. Bermuda Hurley na Hot Water, R$ 329. Camiseta (usada como bandana) Renner, R$ 109. Óculos Evoke, R$ 349. Sandálias Havaianas, R$ 25. Camisa Patricia Bonaldi, R$ 1.188. Calça Iódice, R$ 698. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Cinto Corello, R$ 79. Bolsa Modem, R$ 1.575. Sandálias Cecconello, R$ 229. Camisa Tory Burch, R$ 1.470. Cardigã Diane von Furstenberg, R$ 1.430. Saia Farm, R$ 398. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Sandálias Inbox, R$ 149. Vestido, R$ 9.020, e bolsa Gucci, preço sob consulta. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 397. Sapatos Luiza Barcelos, R$ 549. Camisa Ellus, R$ 429. Body Printing, R$ 1.357. Calça A.Brand, R$ 1.248. Colar Adedo, R$ 195. Faixa (na cintura) acervo. Sapatos Gucci, R$ 1.869. Vestido Coven, R$ 1.850. Camisa Tommy Hilfiger, R$ 399. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 397. Tênis Farm, R$ 298. Camisa Diane von Furstenberg, R$ 1.290. Calça A.Brand, R$ 1.398. Viseira e cinto, acervo. Botas Zara, R$ 249

Tendência militar

Da esq. para a dir., Blazer Tommy Hilfiger, R$ 1.699. Vestido Cris Barros, R$ 1.892. Cinto Gucci, R$ 2.240. Bolsa Ellus, R$ 229. Sandálias Inbox, R$ 149. Jaqueta Ellus, R$ 1.200. Camisa Forum, R$ 308. Calça Docthos, R$ 250. Tênis New Balance, R$ 700. Jaqueta Renner, R$ 280. Camisa Richards, R$ 489. Shorts Hering, R$ 160. Bolsa, R$ 10.290, e meias, R$ 490, Gucci. Botas Democrata, R$ 299. Blazer, R$ 2.190, e calça, R$ 1.490, Reinaldo Lourenço. Bolsa Atelier Marie Carolina, R$ 288. Sandálias Schutz, R$ 470. Jaqueta Louis Vuitton, R$ 10.100. Camisa VR, R$ 235. Calça Tommy Hilfiger, R$ 1.200. Tênis Converse, R$ 150. Blazer, R$ 1.988, e saia, R$ 1.572, Cris Barros. Óculos Hickmann Eyewear, R$ 397. Lenço e cinto acervo. Sandálias Inbox, R$ 99. Jaqueta Tommy Hilfiger, R$ 1.299. Vestido UMA, R$ 890. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Catarina Mina, R$ 579. Sandálias Inbox, R$ 149. Blazer Ralph Lauren, R$ 20.000. Camisa Amaro, R$ 180. Bermuda Calvin Klein, R$ 359. Cinto Renner, R$ 40. Sandálias Cecconello, R$ 279. Jaqueta US Army, R$ 495. Bermuda Replay, R$ 389. Óculos T-Charge, R$ 437. Mochila Osklen, R$ 4.897. Cinto acervo. Sapatos Sapataria Cometa, R$ 398. Camiseta US Army, R$ 75. Shorts Bo.Bô, R$ 698. Sandálias Schutz, R$ 320. Camisa, R$ 3.300, e bermuda, R$ 2.940, Louis Vuitton. Óculos T-Charge, R$ 437. Cinto acervo. Tênis West Coast, R$ 155. Moletom Sphynx, R$ 350. Calça Le Lis Blanc, R$ 500. Bolsa Ellus, R$ 449. Sandálias Cecconello, R$ 299. Blazer Minha Avó Tinha, preço sob consulta. Saia Bobstore, R$ 820. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Lenço acervo. Sandálias Cecconello, R$ 229. Jaqueta, R$ 698, e calça, R$ 498, A.Brand. Óculos Evoke, R$ 349. Sandálias Schutz, R$ 470. Modelos: Iberê Nakamura (Prime Model), Julia Barcellos (Joy MGMT), Rafael Desimon (Ford Models), Isaac Souza e Randal, Camila Simões, Isabela Eing e Nabillah (Mega Model), Michele Oliveira, Taline Borba, Marcos Mello (Major Model) Caroline Hann, Laura Pigatto, Maria Oliveira, Mariana Oliveira, Marcela Tomé, Matheus Ferreira, Milena Mira e Natalia Machado (Way Model) / Beleza: Ricardo dos Anjos (Capa MGT) com produtos Match O Boticário e Sisley / Assistentes de fotografia: Ana Pazian e Gabriel Cicconi / Coordenação de moda: Juliana Cosentino / Produção de moda: Ana Parisi e Renata Bonvino / Assistentes de produção de moda: Priscilla Cabral e Teo Almeida / Assistentes de beleza: Carlos Rosa, Milla Mendes, Patrick Pontes e Rafael Valentini / Tratamento de imagem: RG Imagem

A moda na cidade: um ensaio de Bob Wolfenson

Tudo branco

A moda na cidade (Foto: Bob Wolfenson)

Jeans para todos

Color blocking

Preto no branco

Listras e estampas

Tendência militar

A moda na cidade: um ensaio de Bob Wolfenson

Tudo branco

A moda na cidade (Foto: Bob Wolfenson)

Jeans para todos

Color blocking

Preto no branco

Listras e estampas

Tendência militar

Travesti na novela das 9, Silvero Pereira se sente bem como homem ou mulher

Silvero Pereira fala sobre Nonato de A Força do Querer e as questões LGBT (Foto: Globo/Maurício Fidalgo)

Silvero Pereira se define como uma pessoa que não gosta de se “encaixotar”. Livre de preconceitos e firme em suas opiniões, ele não deixa que ninguém o coloque para baixo. “Ser chamado de ‘viado’ e ‘traveco’ para mim é motivo de orgulho”, diz ele em entrevsita. Cearense de Mombaça, uma cidade de 50 mil habitantes, o ator de 35 anos – filho de operário e mãe lavadeira – é casado há nove com um dramaturgo, mas teve várias namoradas na adolescência.

Foi pensando em defender atores transexuais e travestis que Pereira montou a companhia teatral AsTravestidas. Defensor dos direitos da comunidade LGBT, ele acredita que é preciso lutar por leis que defendam a todos: “Se não, vamos acabar revelando que o Brasil se finge democrático e libertário, mas é assassino e violento.”

Como tem sido a repercussão de seu personagem na novela?
SILVERO PEREIRA – Faço teatro há 18 anos. Construí uma trajetória artística e política muito importante. Há 15 anos, me dedico às questões LGBT, de travestis, transexuais e transformistas, e ganhei notoriedade, mas, claro, tudo isso está muito longe do que uma novela das 9 consegue proporcionar. Não consigo mensurar o tamanho disso tudo. Estou em cartaz em São Paulo com a peça “Brtrans“, e, outro dia, andando pela Avenida Paulista, pela primeira vez as pessoas me abordam para falar sobre o Nonato, meu personagem na novela. Nas redes sociais, tenho um Instagram bem ativo e, às vezes, entro ao vivo. Quando isso acontece, sempre aparece uma pessoa que decide me agredir. Reajo politicamente.

O que chama de reagir politicamente?
PEREIRA – Quando tentam me chamar de “viadão”, “traveco”, palavras que podem ser consideradas depreciativas e insultos, eu rebato dizendo que, para mim, elas são motivo de orgulho, adjetivos bem positivos. Esse tipo de atitude faz com que eu acabe levantando essa bandeira para outras pessoas que, no dia a dia, são agredidas e até espancadas. Costumo dizer: “Respondam [às agressões] e se sintam orgulhosas pelo que são”. É muito fácil julgar uma travesti que está na esquina se prostituindo. Mas qual a história dela? Precisamos nos aprofundar nessas questões, sair da superficialidade para entender o que ela sofreu desde criança. Ela está na rua tentando sobreviver.

Leandra Leal e Silvero Pereira na Parada do Orgulho LGBT, neste domingo (18) (Foto: Reprodução Instagram)

Quando decidiu ser ator?
PEREIRA – Minha irmã Cristiana e eu costumávamos brincar de show de calouros. Desde pequeno, gostava de me fantasiar. Trancado no banheiro, me sentia seguro para me expor, pois, sozinho, podia brincar com minhas fantasias. Alguns amigos na infância, principalmente as meninas, compreendiam minha inclinação para as artes e participavam das minhas invenções. Mas só fui saber o que era teatro quando me mudei para Fortaleza, aos 17 anos. Quando assisti a primeira peça de teatro, descobri o que queria fazer na vida.

Silvero vive a travesti Elis Miranda em A Força do Querer (Foto: Fábio Rocha/TV Globo)

Quando você contou à sua família que era homossexual?
PEREIRA – Esse sempre foi um assunto difícil de falar com minha família, mas, de maneira natural, eles compreenderam que não podiam exigir de mim questões heteronormativas. Não podiam exigir namoradas, casamento, filhos, algo que eles tentaram durante minha adolescência. Depois que me reconheci de fato, não permiti que ninguém interferisse em minha construção.

Você se relacionou com meninas?
PEREIRA – Durante toda a minha adolescência, todas as minha relações foram com meninas. Primeiro namorei meninas; depois, passei a me relacionar com garotos. Foi um processo natural. Não gosto de me encaixotar na obrigação de me definir homossexual, bissexual. Gosto muito mais da liberdade de ser, do que da obrigação de definir. Essa é uma frase que tenho usado sempre. Hoje, aos 35 anos, sou feliz com minha identidade. Não me privo dos meus desejos, sejam eles por homens ou por mulheres. Permito que esses desejos aconteçam e, se tiver que ser por homem ou por mulher, que seja bem bonito para mim.

Como os travestis eram tratados em sua cidade natal?
PEREIRA – Há uma história muito perturbadora da minha infância: Há uma travesti em minha cidade, que mora lá até hoje, chamada Barbosinha. Sempre me disseram que ela tinha uma doença e eu não deveria me aproximar. Era uma espécie de lenda urbana que dizia que a gente não podia ter contato com a Barbosinha. Quando saí da minha cidade, eu era transfóbico. Fui obrigado a não gostar de Barbosinha, a pensar que ela era quase um bicho. Mas, apesar de eu não ter compreensão sobre sexualidade e identidade de gênero, sentia interesse por esses temas, mesmo sem saber ainda me encaixar. Foi no teatro que compreendi que as pessoas tinham me feito pensar tudo errado.

Você sofreu preconceito no início de sua carreira?
PEREIRA – Sim, por fazer trabalhos para travestis. A classe artística começou a dizer que eu não era era ator, que deveria virar transformista e seguir os passos de minhas colegas nas boates. Mas enfrentei tudo e hoje digo: “Vocês estavam errados”. Hoje, há travestis que trabalham como funcionárias públicas, são casadas, respeitadas. Claro que ainda existem muitas que são marginalizadas, mas o cenário é bem diferente de quando eu era mais jovem.

Por que você montou a companhia de teatro As Travestidas?
PEREIRA – Estamos num movimento muito bonito rumo à representatividade nas artes cênicas e me considero alguém que, de fato, contribuiu para esse movimento. Há 15 anos, no Ceará, acompanhei muitas amigas artistas largarem o teatro para trabalhar apenas em boates. A construção do meu grupo foi uma luta política, de resistência, para que as meninas voltassem ao teatro. No grupo, temos três transexuais graduadas em artes cênicas. Somos em 12 integrantes e tem de tudo: hétero, homo, bi, fluido de gênero, travesti, transexual e transformista.

O que falta para o seu grupo se multiplicar?
PEREIRA – Políticas públicas em defesa das questões LGBT. A área artística está à frente de outros setores. É preciso que as pessoas reconheçam que o Brasil é o país onde se mata mais travesti e trans no mundo. Não há políticas em defesa dessa comunidade. O Brasil se finge democrático e libertário, mas é assassino e violento.

Na TV, você prefere se ver como Elis ou Nonato?
PEREIRA – Me sinto tão feliz de barba quanto de cabelo comprido e usando vestido. O masculino é uma coisa que me interessa, me excita e me deixa feliz. Mas o feminino é algo que me comove, mexe comigo. Me sinto feliz das duas formas. Até uns 30 anos, me sentia confuso sobre a masculinidade, a feminilidade, mas agora transito normalmente. O teatro foi minha terapia e me ajudou intensamente a resolver essas questões.

Alessandra Ambrosio exibe silhueta em cenário paradisíaco

Alessandra Ambrosio (Foto: Reprodução/Instagram)

Alessandra Ambrosio postou uma foto no Instagram, neste domingo (11), em que aparece de biquíni exibindo a silhueta num cenário paradisíaco: as Ilhas Maldivas.

“Paraíso… Deixe a jornada começar. #TheAproject #foreveronvacation #Maldives”, escreveu a modelo na legenda.

Zac Posen primavera-verão 2016

Quem é a mulher de Zac Posen de dia? Ou melhor: o que ela veste? O estilista decidiu que as pessoas já sabem do que ele é capaz em looks de tapete vermelho e mostra, nessa primavera-verão 2016 apresentada na Semana de Moda de NY, muito mais looks diurnos. E fora algumas poucas exceções, mesmo os vestidos longos parecem mais suaves, menos “mulher poderosa e fatal”, seja porque são menos estruturados ou porque tem esse ar mais solar, mesmo.

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