Ir para a praia ou para a piscina significa que, além de um biquini que você ama, as saídas de praia serão indispensáveis para você montar o look verão. Nas produções das famosas, as versões mais longas, como se fossem vestidos, são as queridinhas: tecidos fluídos e estampados, que cobrem o corpo todo, mas ainda assim são fresquinhos o suficiente para a estação.
O crochê, que tem feito sucesso em maiôs e biquinis, também aparece como um destaque nas saídas de praia, com versões que vão de um vestidinho simples, à la slip dress, até os modelos de batas mais largas e soltas. O mais importante, claro, é o conforto: essas peças são sempre mais leves, e tem como objetivo apenas cobrir o corpo no trânsito entre a praia e a sua casa de verão ou aquele restaurante à beira mar.
Quanto ao visual em si, vale buscar o modelo que mais combina com o seu estilo: as opções são muitas e os modelos, variados – de cangas para amarrar na cintura (ou transformar em um vestido, no melhor estilo DIY) até batas de inspiração boho. As estampas funcionam bem para criar um look divertido e com a cara do verão tropical, porém versões monocromáticas, em preto ou branco, na vibe minimalista, são uma opção para aquelas com uma moda mais simples.
Confira, abaixo, uma seleção de modelos para você se inspirar:
Gata, inteligente, feliz com a própria imagem e dona de um closet poderoso, a modelo plus size Fluvia Lacerda é referência-mor de beleza e autoestima. Por isso, perguntamos para ela quais marcas plus size merecem nosso follow no Instagram (oi, comprinhas de verão!).
Como vive em Nova York há anos e viaja o mundo todo, ela elencou grifes gringas que são referência na hora de buscar ideias de produções – oferta de tamanhos grandes nos Estados Unidos na Europa, inclusive, é muito maior que no Brasil, né?
@modcloth: roupas com carinha vintage (pense naquele vestidinho estampado 50’s e na jardeineira meio anos 70) com modelagem pensada para mulheres reais. O site, inclusive, tem uma aba em que a cliente pode fazer o upload da própria foto, mostrando como optou por usar a peça – vira e mexe as fotos vão parar no Insta da marca. Fofo!
@zizzifashion: de origem dinamarquesa, a grife só trabalha com peças do 42 ao 56 e faz aquela moda urbana fácil, com looks que todo mundo curtiria ter no armário, do conjuntinho pijama estampado à calça de alfaiataria de corte preciso, passando pela sempre últil parka militar.
@violetabymango: quem costuma viajar para Estados Unidos e Europa, provavelmente já conhece a Mango, rede de fast fashion cujo mix de produtos é mais adulto e sóbrio (sem deixar o fashionismo de lado). Pois o que talvez você não saiba é que eles têm uma linha plus size, a Violeta, que tem como lema “vestir mulheres jovens em tamanhos do 42 ao 54 com trajes desenhados para serem confortáveis, femininos e modernos”.
@premmeus: a marca americana abraça a missão de quebrar todas aquelas regras chatas sobre o que a mulher gorda pode ou não vestir. Cropped? Tem! Jeans superskinny? Também. Transparência? Opa! Curtimos mil vezes!
@asos: outro fast fashion famoso! Este é focado em tendências jovens (sport + streetwear), tipo vestidinhos folk, jaqueta de náilon colorida, moletom… Basta um passeio pelo feed da marca para notar também que o foco é a diversidade, de corpos, tamanhos, gêneros, cores. Muito legal.
@riverisland: trata-se de uma grife britânica que não é exclusivamente plus size, mas veste mulheres com todos os tipos de corpo – e as coloca em seu perfil no Insta, claro. Inclusive incetiva as consumidoras a compartilharem os cliques dos próprios looks com a hashtag #ImWearingRI. Vale o scroll.
Willow Smith faz 17 anos (Foto: Instagram/Reprodução)
Ela é filha de Will Smith, já mostrou talento no cinema, faz sucesso com suas músicas empoderadas e lança uma tendência de moda cada vez que pisa em um tapete vermelho. Willow Smith é tudo isso e só tem 17 anos, completados nesta terça-feira, 31. Para comemorar seu aniversário, listamos seis motivos que a tornam puro girl power. Olha só!
Willow Smith já teve vários cabelos (Foto: Getty Images)
Sem medo de mudar! Ela já teve cabelo colorido, tranças, black, franja e tudo o que sentiu vontade. E, diferentemente da maioria dos pais, Will Smith e Jada Pinkett sempre a incentivaram. “Nós deixamos a Willow cortar seu próprio cabelo. Ela tem que comandar o seu corpo, porque então quando ela resolver cair no mundo, ela vai saber que o comando é todo dela, e não meu. Ela vai estar acostumada a tomar suas próprias decisões”, disse o ator.
LETRAS FEMINISTAS
Willow Smith tinha só 10 anos quando lançou sua primeira música, “Whip My Hair”. A letra é uma crítica à sociedade por tornar as pessoas iguais e robóticas. Desde então, ela lançou outras canções que falam sobre empoderamento e feminismo, como “I Am Me”: “Estou tentando descobrir quem sou de verdade, tenho observado. As pessoas não gostam do meu jeito de me vestir”,
GENDERLESS
Willow curte a moda sem gênero (Foto: Getty Images)
Tanto Willow quanto o irmão mais velho, Jaden Smith, de 19 anos, são adeptos à moda sem gênero. Desde a infância, eles vestem o que têm vontade. “Tudo o que você encontrar no seu armário e gostar, pegue e use! Não é apenas seu armário, mas sua vida. Escolha tudo o que chamar sua atenção”, aconselhou ela.
NO MUNDO DOS NEGÓCIOS
Willow fez sua primeira campanha de moda posando como modelo para a Chanel aos 15 anos (Foto: Instagram/Reprodução)
Além de se jogar no mundo da música e no cinema, ela também conqusita cada vez mais o universo fashion. Não à toa, estrelou sua primeira campanha sa Chanel aos 15 anos e se tornou embaixadora da marca com fotos cheias de atitude.
POSTS EMPODERADOS
Posts de Willow Smith (Foto: Instagram/Reprodução)
Ela já soma 6,9 milhões de seguidores no Facebook, 3,6 millhões no Instagram e 2,4 milhões no Instagram. Além das suas fotos, ela costuma compartilhar posts que falam sobre feminismo, liberdade de gênero e respeito. É muito #GirlPower!
GOOD VIBES
Willow Smith é toda good vibes (Foto: Getty Images)
Com tantos seguidores, é quase impossível agradar a todo mundo, mas Willow garante que não liga para os haters. Aliás, ela respeita as opiniões e é toda good vibes. “Se você não gosta de mim ou se você gosta, as duas opções são igualmente legais. Gosto de enviar amor e energias boas para todas as pessoas. Espero que elas encontrem suas missões”.
Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.
Tudo branco
Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25
Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.
Tudo branco
Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25
Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.
Tudo branco
Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25
A última temporada do NYFW mostrou as peças que estarão nas araras na primavera de 2018 do hemisfério norte – mas a beleza escolhida pelos estilistas para as passarelas também chamou atenção. Fora do convencional, os looks abusaram da criatividade e são uma boa ideia para quem procura novas formas de atualizar a maquiagem e o cabelo.
Olho gatinho 2.0: ponta arredondada ou abaixo dos olhos (Foto: ImaxTree/ Divulgação)
1 – Olho gatinho 2.0: ponta arredondada ou abaixo dos olhos Dois formatos chamaram atenção nessa temporada. Primeiro a ponta grossa do delineador de Tom Ford e Jason Wu. Ambos apostaram em uma versão gráfica para o clássico formato de gatinho. Jill Stuart também inovou, mas com um gatinho invertido, que ao invés de puxar da pálpebra de cima, apareceu vindo da linha inferior dos olhos. O resultado foram belezas com uma pegada mais rock’n’roll.
Sereismo: sombra azul em alta (Foto: ImaxTree/ Divulgação)
2 – Sereismo: sombra azul em alta A beleza dos desfiles de Philipp Plein e Tadashi Shoji seguiu a tendência dos anos 90, que está também cada vez mais presente na moda. Os estilistas apostaram na sombra azul, mas em duas versões. Philipp Plein, sempre irreverente, marcou bem toda a pálpebra superior. Já Tadashi Shoji escolheu um azul mais suave e em degradê, com delineado ao redor dos olhos, que combina com os vestidos fluidos e de festa do estilista.
Duas cores de delineador (Foto: ImaxTree/ Divulgação)
3 – Duas cores de delineador A beleza de Oscar De La Renta se adequou à pegada jovem da coleção. O look ficou mais divertido com a aplicação de um delineador colorido bem sutil na lateral dos olhos. Uma pitada de cor pode ser o que falta para modernizar o visual.
Rabo lateral (Foto: ImaxTree/ Divulgação)
4 – Rabo lateral A estreia de Shayne Oliver como diretor criativo de Helmut Lang trouxe uma visão renovada dos códigos da marca. O rabo de cavalo baixo já era uma aposta da grife em outras temporadas, mas esse ano ele apareceu na lateral do rosto. Assimétrico e sem frizz, o cabelo deu um ar contemporâneo ao desfile.
Iluminador colorido (Foto: ImaxTree/ Divulgação)
5 – Iluminador colorido Nem só de prata ou dourado é feito um iluminador. Rihanna acaba de lançar os produtos de beleza que ela desenvolveu para a Fenty e as cores variam desde o bronze ao lilás. Na passarela de Fenty X Puma, as modelos usaram o iluminador para contornar o rosto.
Batom só no lábio inferior (Foto: ImaxTree/ Divulgação)
6 – Batom só no lábio inferior O desfile da Concept Korea é uma oportunidade para designers coreanos apresentarem seus trabalhos no NYFW. O mix de tecidos cool das peças pedia também um look diferente do usual, o que resultou na aplicação do batom apenas na parte inferior dos lábios. Será que essa moda pega?
Há seis anos, a jornalista paulista Priscilla Portugal, 36, se dedica à realização de seu maior sonho: se tornar mãe. Foram dois anos de tentativas naturais até partir para uma investigação mais profunda, que já envolveu seis médicos. As dificuldades foram agravadas pela falta de sensibilidade dos especialistas, que já chegaram a lhe dar inclusive o diagnóstico de menopausa precoce. Ao buscar mais informações na Internet, ela se deparou com uma série de notícias assustadoras. Diante de tanta insensibilidade e falta de amparo, decidiu que era a hora de não só ajudar a si mesma como também a outras mulheres que também enfrentam o drama da infertilidade.
Em dezembro, Priscilla lançou o site “Cadê meu Neném?”, voltado às “quase-mães”, termo cunhado por ela para se referir a quem compartilha do seu mesmo desejo: gerar um filho. Na página, ela mostra o “diário de sua não-gravidez”, publica entrevistas com médicos e posta depoimentos tocantes de amigas e desconhecidas que procuram por representatividade a fim de amenizar sua dor.
“Quanto menos informação eu tinha, mais desesperada eu ficava”, contou . “Conforme consultava minhas amigas, descobria muitas histórias semelhantes às minhas. Elas confortavam o meu coração, eu não era a única e poderia ter um final feliz. Decidi então criar esse espaço para acolher e inspirar.”
Desde o lançamento, Priscilla já recebeu 35 depoimentos. As histórias vão desde aquelas que buscam há anos por uma solução para a infertilização a casos de mulheres que conseguiram engravidar, passando por quem optou pela adoção ou desistiu do sonho para salvar o casamento.
A seguir, ela expõe suas dificuldades, conta por que o assunto ainda é um tabu e alerta para a importância da empatia.
Quais são os pontos mais marcantes da sua história? PRISCILLA PORTUGAL Resumidamente, é uma história de muita ansiedade. No início, fui diagnosticada com baixo estoque ovariano e menopausa precoce. Fiquei desesperada. Já me consultei com médicos tenebrosos. Um deles chegou a dizer que “quem engravida depois dos 35 anos, tem muito mais chances de ter filho com problema neurológico”. Já optei pela fertilização, que é o procedimento com maiores chances de dar certo. Na estimulação, respondi mal e não engravidei. Enfrentei um ano de recuperação emocional. Durante esse tempo, me deparei com informações assustadoras na web. Agora, estou numa nova etapa. Encontrei um imunologista, que descobriu em mim um quadro de inflamação no endométrio. Ele me deu esperanças para tentar novamente. Em paralelo, tenho me interessado cada vez mais pela ideia da adoção.
Por que o assunto ainda é tabu? PP Porque vivemos em tempos de rede sociais, onde todo mundo é aparentemente feliz. A infertilidade traz culpa, vergonha, uma sensação de fracasso, abala o casamento… É um assunto muito sensível, que exige empatia. Eu tenho várias amigas que passaram por isso, mas não quiseram me dar o depoimento para não relembrarem todo o sofrimento que enfrentaram.
Por que precisamos expor esse assunto? PP A começar pelo alto valor de um tratamento de fertilidade. A inseminação artificial, que custa entre 4 e 7 mil reais, em São Paulo. E a fertilização chega facilmente aos 20 mil reais. Não há uma oferta no SUS, apesar de a reprodução ser um direito garantido pela Constituição. Grande parte do processo também não é coberto pelo plano de saúde. Enquanto a gente ficar quieta, isso não vai mudar. Apesar de a pauta feminista ser bastante ampla, ela não inclui esse assunto. Resumidamente, trata-se de uma questão cara financeira e emocionalmente.
Você nota um julgamento social sobre as “quase-mães”? PP Sim. Está todo mundo sempre pronto para julgar o outro. Eu tenho cachorro, não me considero “mãe de cachorro”, mas compartilhou muitas fotos com ele nas redes sociais. Antes de saber da minha história de infertilidade, as pessoas comentavam: “está na hora de trocar por um filhinho”. Mas elas não faziam ideia de como esse assunto me machucava.
O tratamento hormonal agrava o abalo emocional? PP Com certeza. Eu dei muita sorte que durante o meu processo, que incluiu ciclos de fertilização e inseminação, não inchei, nem fiquei depressiva. Mas é muito duro. Vou começar agora o meu tratamento para a endometrite e tenho consultado cada um dos profissionais para entender todos os passos. Eu estou no meu limite, não aguento mais nem tirar sangue. Mas sigo querendo realizar meu desejo.
Você se sente sozinha? PP Sim. Esse foi um dos motivos que me fizeram lançar o site. Não quero que ninguém sinta o que estou sentindo. Muitas amigas que tiveram problemas para engravidar, durante esses seis anos em que estou tentando, conseguiram. Com isso, acabaram se afastando, deixaram de ser minhas parceiras de desabafo, porque estão vivendo um novo momento. Não as culpo. Muitos parentes tentam me confortar, mas quem nunca passou pela mesma situação, não sabe o que é. Isso não acalma o coração.
As pessoas se intrometem muito na vida de uma “quase-mãe”? PP Sim, dão muito pitaco. O que mais me irrita é conselho para relaxar, como se eu nunca tivesse pensado nisso. A falta de empatia é a resposta pronta que muita gente tem pra dar. Elas não escutam seu problema de verdade. Pra mim não pega quando fala adoção, porque está nos meus planos. Mas o meu sonho é ter a barriga, amamentar… Teve uma situação muito marcante de uma conhecida que me disse: “Depois de todo esse tempo que você está tentando e de todo esse recurso gasto, você já deveria saber que ser mão não é só ter um bebê”. Fiquei bastante chateada. Quem quer ser mãe, sabe que pode adotar uma criança; quem quer engravidar, quer ter um neném.
Das histórias do site, qual mais te marcou? PP Todas me tocam, porque a maioria é de pessoas próximas, mas teve uma em especial. A da Darcy*, de 55 anos que conseguiu seguir a vida sem realizar seu sonho. “Eu cuidei de sobrinhos, filhos de amigos, afilhados… Mas meu maior anseio era ter a barriga e amamentar. Não tive. E aprendi a respeitar o destino”, ela me contou.
O aborto espontâneo também é um tabu? PP Sim. É uma morte, um luto. E como só a mulher e companheiro se apegaram àquele bebê, para o resto da família e dos amigos, ele não chegou nem a existir. Então, a dor acaba sendo só deles e ninguém entende com precisão o motivo daquele sofrimento. O aborto espontâneo não é um acontecimento normal, como muitos médicos insistem em dizer. É preciso investigar a causa. O corpo da mulher está preparado para seguir com uma gestação saudável até o fim. Se isso não acontece, existe um problema que precisa ser tratado.
O que faltam aos médicos para lidar com essas mulheres? PP Em primeiro lugar, falta sensibilidade para dar a notícia. Isso requer um preparo. Cada diagnóstico negativo é uma perda de uma vida, de um sonho, de um esforço. Falta envolvimento, comprometimento em descobrir a razão da infertilidade.
Quais são os questionamentos mais comuns das mulheres que chegam ao seu site? PP Dúvidas sobre endometriose. Esse é, sem dúvida, o mau da nossa geração.
O que você espera atingir com o site? PP Eu quero alcançar o maior número possível de mulheres para acolhê-las. E ao mesmo tempo ter um controle sobre uma informação mais responsável para esclarecer todas as dúvidas sobre esse processo.
Como é sua relação com as amigas que têm filhos? PP Essa é uma das piores situações, porque fico feliz pela minha amiga, claro, mas ao mesmo tempo me questiono se não sou merecedora de viver essa mesma experiência. Isso só aumenta a culpa. E parece que pra onde você olha tem grávida, gente falando de gravidez, mulheres com bebês… No fundo, a gente só começa a prestar mais atenção, mas acha que é um sinal.
Qual é o limite da tentativa na realização desse sonho? PP É a pergunta de um milhão de dólares. Acho que cada um tem o seu, o difícil é encontrá-lo. Achei que o meu já tivesse chegado, mas encontrei um novo médico que mostrou coisas que ninguém tinha me mostrado. Então, quero tentar mais um pouco.
Há seis anos, a jornalista paulista Priscilla Portugal, 36, se dedica à realização de seu maior sonho: se tornar mãe. Foram dois anos de tentativas naturais até partir para uma investigação mais profunda, que já envolveu seis médicos. As dificuldades foram agravadas pela falta de sensibilidade dos especialistas, que já chegaram a lhe dar inclusive o diagnóstico de menopausa precoce. Ao buscar mais informações na Internet, ela se deparou com uma série de notícias assustadoras. Diante de tanta insensibilidade e falta de amparo, decidiu que era a hora de não só ajudar a si mesma como também a outras mulheres que também enfrentam o drama da infertilidade.
Em dezembro, Priscilla lançou o site “Cadê meu Neném?”, voltado às “quase-mães”, termo cunhado por ela para se referir a quem compartilha do seu mesmo desejo: gerar um filho. Na página, ela mostra o “diário de sua não-gravidez”, publica entrevistas com médicos e posta depoimentos tocantes de amigas e desconhecidas que procuram por representatividade a fim de amenizar sua dor.
“Quanto menos informação eu tinha, mais desesperada eu ficava”, contou . “Conforme consultava minhas amigas, descobria muitas histórias semelhantes às minhas. Elas confortavam o meu coração, eu não era a única e poderia ter um final feliz. Decidi então criar esse espaço para acolher e inspirar.”
Desde o lançamento, Priscilla já recebeu 35 depoimentos. As histórias vão desde aquelas que buscam há anos por uma solução para a infertilização a casos de mulheres que conseguiram engravidar, passando por quem optou pela adoção ou desistiu do sonho para salvar o casamento.
A seguir, ela expõe suas dificuldades, conta por que o assunto ainda é um tabu e alerta para a importância da empatia.
Quais são os pontos mais marcantes da sua história? PRISCILLA PORTUGAL Resumidamente, é uma história de muita ansiedade. No início, fui diagnosticada com baixo estoque ovariano e menopausa precoce. Fiquei desesperada. Já me consultei com médicos tenebrosos. Um deles chegou a dizer que “quem engravida depois dos 35 anos, tem muito mais chances de ter filho com problema neurológico”. Já optei pela fertilização, que é o procedimento com maiores chances de dar certo. Na estimulação, respondi mal e não engravidei. Enfrentei um ano de recuperação emocional. Durante esse tempo, me deparei com informações assustadoras na web. Agora, estou numa nova etapa. Encontrei um imunologista, que descobriu em mim um quadro de inflamação no endométrio. Ele me deu esperanças para tentar novamente. Em paralelo, tenho me interessado cada vez mais pela ideia da adoção.
Por que o assunto ainda é tabu? PP Porque vivemos em tempos de rede sociais, onde todo mundo é aparentemente feliz. A infertilidade traz culpa, vergonha, uma sensação de fracasso, abala o casamento… É um assunto muito sensível, que exige empatia. Eu tenho várias amigas que passaram por isso, mas não quiseram me dar o depoimento para não relembrarem todo o sofrimento que enfrentaram.
Por que precisamos expor esse assunto? PP A começar pelo alto valor de um tratamento de fertilidade. A inseminação artificial, que custa entre 4 e 7 mil reais, em São Paulo. E a fertilização chega facilmente aos 20 mil reais. Não há uma oferta no SUS, apesar de a reprodução ser um direito garantido pela Constituição. Grande parte do processo também não é coberto pelo plano de saúde. Enquanto a gente ficar quieta, isso não vai mudar. Apesar de a pauta feminista ser bastante ampla, ela não inclui esse assunto. Resumidamente, trata-se de uma questão cara financeira e emocionalmente.
Você nota um julgamento social sobre as “quase-mães”? PP Sim. Está todo mundo sempre pronto para julgar o outro. Eu tenho cachorro, não me considero “mãe de cachorro”, mas compartilhou muitas fotos com ele nas redes sociais. Antes de saber da minha história de infertilidade, as pessoas comentavam: “está na hora de trocar por um filhinho”. Mas elas não faziam ideia de como esse assunto me machucava.
O tratamento hormonal agrava o abalo emocional? PP Com certeza. Eu dei muita sorte que durante o meu processo, que incluiu ciclos de fertilização e inseminação, não inchei, nem fiquei depressiva. Mas é muito duro. Vou começar agora o meu tratamento para a endometrite e tenho consultado cada um dos profissionais para entender todos os passos. Eu estou no meu limite, não aguento mais nem tirar sangue. Mas sigo querendo realizar meu desejo.
Você se sente sozinha? PP Sim. Esse foi um dos motivos que me fizeram lançar o site. Não quero que ninguém sinta o que estou sentindo. Muitas amigas que tiveram problemas para engravidar, durante esses seis anos em que estou tentando, conseguiram. Com isso, acabaram se afastando, deixaram de ser minhas parceiras de desabafo, porque estão vivendo um novo momento. Não as culpo. Muitos parentes tentam me confortar, mas quem nunca passou pela mesma situação, não sabe o que é. Isso não acalma o coração.
As pessoas se intrometem muito na vida de uma “quase-mãe”? PP Sim, dão muito pitaco. O que mais me irrita é conselho para relaxar, como se eu nunca tivesse pensado nisso. A falta de empatia é a resposta pronta que muita gente tem pra dar. Elas não escutam seu problema de verdade. Pra mim não pega quando fala adoção, porque está nos meus planos. Mas o meu sonho é ter a barriga, amamentar… Teve uma situação muito marcante de uma conhecida que me disse: “Depois de todo esse tempo que você está tentando e de todo esse recurso gasto, você já deveria saber que ser mão não é só ter um bebê”. Fiquei bastante chateada. Quem quer ser mãe, sabe que pode adotar uma criança; quem quer engravidar, quer ter um neném.
Das histórias do site, qual mais te marcou? PP Todas me tocam, porque a maioria é de pessoas próximas, mas teve uma em especial. A da Darcy*, de 55 anos que conseguiu seguir a vida sem realizar seu sonho. “Eu cuidei de sobrinhos, filhos de amigos, afilhados… Mas meu maior anseio era ter a barriga e amamentar. Não tive. E aprendi a respeitar o destino”, ela me contou.
O aborto espontâneo também é um tabu? PP Sim. É uma morte, um luto. E como só a mulher e companheiro se apegaram àquele bebê, para o resto da família e dos amigos, ele não chegou nem a existir. Então, a dor acaba sendo só deles e ninguém entende com precisão o motivo daquele sofrimento. O aborto espontâneo não é um acontecimento normal, como muitos médicos insistem em dizer. É preciso investigar a causa. O corpo da mulher está preparado para seguir com uma gestação saudável até o fim. Se isso não acontece, existe um problema que precisa ser tratado.
O que faltam aos médicos para lidar com essas mulheres? PP Em primeiro lugar, falta sensibilidade para dar a notícia. Isso requer um preparo. Cada diagnóstico negativo é uma perda de uma vida, de um sonho, de um esforço. Falta envolvimento, comprometimento em descobrir a razão da infertilidade.
Quais são os questionamentos mais comuns das mulheres que chegam ao seu site? PP Dúvidas sobre endometriose. Esse é, sem dúvida, o mau da nossa geração.
O que você espera atingir com o site? PP Eu quero alcançar o maior número possível de mulheres para acolhê-las. E ao mesmo tempo ter um controle sobre uma informação mais responsável para esclarecer todas as dúvidas sobre esse processo.
Como é sua relação com as amigas que têm filhos? PP Essa é uma das piores situações, porque fico feliz pela minha amiga, claro, mas ao mesmo tempo me questiono se não sou merecedora de viver essa mesma experiência. Isso só aumenta a culpa. E parece que pra onde você olha tem grávida, gente falando de gravidez, mulheres com bebês… No fundo, a gente só começa a prestar mais atenção, mas acha que é um sinal.
Qual é o limite da tentativa na realização desse sonho? PP É a pergunta de um milhão de dólares. Acho que cada um tem o seu, o difícil é encontrá-lo. Achei que o meu já tivesse chegado, mas encontrei um novo médico que mostrou coisas que ninguém tinha me mostrado. Então, quero tentar mais um pouco.
Look do desfile da Gucci com batom azul coberto com glitter (Foto: Imaxtree)
No que depender do primeiro dia dos desfiles da Milão Fashion Week, a beleza do próximo inverno será animada. Pense em looks cheios de glitter, cores fortes e traços geométricos nos olhos. A tempo para inspirar o make de Carnaval, por que não? Confira os destaques:
Make lúdico O look do desfile de Cristiano Burani propõe uma substituição ao tradicional lápis na linha inferior dos olhos. No lugar do esfumado convencional, uma sequência de três pequenos “borrões” que podem ser feitos com o pincel sujo de sombra.
(Foto: Imaxtree)
Glitter nos lábios O brilho, febre das temporadas mais recentes, cobriu os lábios na passarela da Gucci. Nas versões vermelha, azul-escuro ou furta-cor, os looks ganharam diferentes tamanhos de partículas de pigmento.
(Foto: Imaxtree) (Foto: Imaxtree)
Delineador gráfico Apesar de inusitado, o traço geométrico colorido é figura carimbada das passarelas. No desfile da marca Wunderkind, opções de desenhos em tons de vermelho, azul e laranja.